sábado, 16 de julho de 2011

AFINAL... DO QUE RECLAMO?

Pneumonia; desta vez foi ela a responsável por oito dias de hospital e uma recuperação domiciliar que dura até hoje. Tanto tempo sem postar se deve ao fato deste restabelecimento. Outro motivo é a névoa que insiste em me rodear. Depressão? Não, não é depressão. Não aceito depressão. É apenas névoa... porém, espessa o bastante para esconder o horizonte.

Não posso reclamar, reclamar de nada. Definitivamente tenho tudo que peço do Alto e muito mais. Se peço ao Céu que me dê forças para transpor os obstáculos impostos, não tenho razão para temer a névoa. Acredito que a fumaça que me impede de ver o horizonte seja nuvem passageira. Logo estarei vendo e sonhando novamente com montes longínquos e futuros possíveis.

Continuo feliz e mantendo o sorriso. Porém, às vezes sinto que o cerco está se fechando. As notícias dos diversos resultados dos meus exames vão aparecendo e vão sendo absorvidas pela mente. Existem momentos em que chego a pensar que meu corpo inteiro conspira contra ele próprio. Mas, além do meu equilíbrio, que até agora me coloca de pé, existe uma multidão que me ajuda a andar para frente.

Minha esposa Elzi, mulher de fibra e guerreira, recebe todas as más notícias a meu respeito em primeira mão. Me transmite de uma forma pouco impactante e nunca deixa transparecer desespero ou desânimo em relação aos meus problemas. É uma grande esposa!

Meu filho Arthur, consegue prosseguir os estudos na faculdade, apesar das constantes más notícias sobre minha saúde. Lucas, o caçula, leva sua vidinha bem humorado, mas sempre querendo saber sobre os meus problemas. Quando a coisa aperta e o pior pode acontecer, toda verdade do que está por vir é contada a ele sem rodeios. Achamos que a verdade é melhor forma de lidar com esta situação, apesar de procurarmos proporcionar a ele uma vida normal.

Meu Pai: este não me deixa nunca. Faz questão de estar do meu lado em todos os momentos. Ele nos hospitais, nas viagens e na minha casa, enquanto minha mãe segura nas orações com pensamento fixo na minha recuperação. São de ouro. Os dois. Quanto aos meus irmãos, seguem a mesma linha, estão fechados comigo.

Não menos importantes tenho os parentes e amigos. Estes ficarão para um próximo “post”, pois são muitos e não quero me esquecer de ninguém.

Então meus amigos, é como eu disse no início: reclamar de quê?

Bom final de semana a todos.

Gilberto.


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